Volta por cima.
Professora Pimenta.
Como falar em tu sem que duvides, o que fazer para que em mim creias? Ouça-me, apenas e, depois, ajuíze...Ide a Itabuna e lá verá, encontrará bela como nunca, observai como se move, cada movimento um espetáculo. Quem é ela? Quem é ela? Ela dispensa apresentações, ela não pertence a ninguém, ela é livre. “Se é verdade que tu és alegria, contagia – me com teu riso”. Quando eu a vi preferi nem me mexer, somente compreender a simplicidade sem fim de algo verdadeiro que se pode sentir. Quem a ver pela primeira vez jamais a esquece, seu gingado encanta e quando canta a todos encanta, quantos encantos ela tem. Quem é ela? Ora que pergunta insistente. Eu sei quem ela é! Então porque não me deixa gritar para que todos saibam? É simples quem ler saberá que estou a falar dela. “Se é verdade que és (...), nada a mais tenho a desejar”.
RCDON: Raivosocdonatal;
P.P: Prof. Pimenta.
1)RCDON: Como conheceu a capoeira e porque decidiu treinar?
P.P: Conheçi a capoeira através de minha irmã, ela malhava em uma academia onde haviam aulas de capoeira com o professor Ninja do RAÇA na época, hoje integrante da CDO. Sempre tive vontade de treinar,porém não havia surgido a oportunidade. Começei em maio de 2002, com 12 anos, desde essa época nunca parei, sempre treinei com meu mestre Ninja e a cada dia encanto-me mais com a arte da capoeiragem.
2)RCDON: Qual sua relação com a capoeira? ( sua historia na capoeira).
P.P: Como já disse, a cada dia sou mais encantada pela capoeira. Hoje não poderia imaginar minha vida longe dos treinos.. das rodas... dos eventos. Tudo que faço a tenho em mente, inclusive minha graduação (fisioterapia).. escolhi seguir essa carreira para de alguma forma contribuir com a capoeira... utilizando-a como terapia. Para comprovar, escolhi como tema de minha monografia " A capoeria como terapia para o portador de Sindrome de Down atuando no desenvolvimento psicomotor". Acredito que a capoeira é muito rica, sendo assim vai muito além do "jogo da capoeira" existe uma grande complexidade a qual poderia tentar descrever com milhares de palavras e ainda assim seriam insuficientes. Logo... deixo a magia, o mistério no "ar" e cada capoeirista a descreve conforme sente.
3)RCDON: Qual a atividade que você desenvolve com a capoeira? (trabalhos com a capoeira).
P.P: Já ministrei aulas de capoeira na academia onde treino em Itabuna. Hoje devido á falta de tempo e o grande consumo da graduação desenvolvo apenas um trabalho com Sindrome de Down juntamente com meu mestre e alguns monitores. Trabalho este iniciado pelo CM Ninja, onde visa a melhora motora, melhora no relacionamento interpessoal e com os demais indivíduos que lhe circundam.
4)RCDON: Como você vê a importância da mulher na capoeira?
P.P: Além da beleza, vejo a mulher como simbolo de quebra de tabús. Nós mulheres temos conseguido nosso espaço em todos os campos, vencido preconceitos, lutando sempre por respeito.
Acredito que a mulher trás certa paz para uma roda, apesar de sermos problema no jogo de capoeira...rsrs.
Aos pais e familiares que vão assistir um evento sentem-se mais tranquilos e confiados por verem mulheres presentes. Talvez por veremem nós a figura da "mãe" e como toda boa mãe, a calma sempre estará mantida para conter os ânimos.
5)RCDON: O que está faltando para melhorar a capoeira feminina?
P.P: Infelizmente em alguns lugares as próprias mulheres ainda limitam-se.Acreditam que não serão capazes de fazer alguma atividade por serem frágeis e de fato o pessimismo afeta no desenvolvimento da atividade.
Em outros lugares a limitação vem dos homens. Alguns por superprotegerem, não deixando dessa forma que busquemos mais, pois não nos impõem desafios. Outros por não darem espaço para nós na roda, não nos respeitando como capoeirista. Também há aqueles "ignorantes" que aproveitam-se da vantagem física, intimidando-nos. Ora... é sabido por todos que homens são mais "fortes" que as mulheres e não nos cabe competir com músculos, mas sim com a arte da capoeiragem.
6)RCDON: Como está a capoeira feminina no nordeste do país?
P.P: A capoeira feminina no nordeste do país é forte, firme. A cada dia temos a mulherada mais numerosa e selecionada... as mulheres estão buscando seu espaço. Buscamos uma capoeira mais firme, a capoeira-luta.
7)RCDON: Para você o que é ser mestre de capoeira, como é sua relação com o mestre e o que ele representa?
P.P: Ser mestre acima de tudo é ser guia!!!
Não podemos esperar que nosso mestre nunca erre.. afinal eles também são humanos e nessa condição também são passíveis a erros. Acredito que eles devem orientar sempre, buscar o melhor para seus alunos e acima de tudo o melhor para a capoeira. como mestres.. devemos confiar em sua sabedoria, pois tem mais experiencia e podem discernir qual o melhor caminho a seguir. eles estão além da capoeira.. são amigos dentro e fora de uma roda. são pais irmãos.. e também precisam de um conselho um colo as vezes. devem ser regidos pela tríade: HUMILDADE RESPEITO E FIDELIDADE. Demais conceitos são boas consequências desses princípios. Devem ser bons falantes, assim como devem ser bons ouvintes... ouvir problemas... críticas construtivas ... alegrias... DEVEM SER MESTRES!!!
Tenho uma relação harmoniosa com meu mestre, devo minha capoeira e muito de minha personalidiade á ele. Sempre está disposto a ajudar e escutar dentro ou fora da capoeira. É preocupado, atencioso e um bom amigo.
Ele representa a figura de um pai, o qual aconselha, briga, sorri e chora com seus alunos.
8)RCDON: Quais são seu planos para o futuro?
P.P: Pretendo seguir dando aulas de capoeira. Gosto muito de trabalhar com pessoas especiais, crianças carentes... é um sonho montar uma academia para essa classe.
9)RCDON: Quais são os momentos marcantes que você lembra em sua trajetoria?
P.P: O mais recente(2009) foi a gravação de uma música no CD do mestre Suassuna. Outro grande momento foi o convite ao evento feminino em Natal(2009) da CM Vanessa CDO, minha grande amiga-mãe de capoeira. A ida ao evento do CM Badogue RAÇA no Chile me marcou muito também, pelo grande carinho além da boa capoeira que pude compartilhar.
Vários outros eventos me trouxeram grande felicidade. Porém acredito que o momento que mais me marcou na capoeira e também o mais triste, foi uma lesão que tive no tornozelo, a qual me impossibilitou de andar e afastou dos treinos por 6 meses. Sempre estava presente nas rodas e eventos, confesso que era frustrante assistir e não poder "jogar". Foi uma fase muito chocante para mim e minha família. Fora da parte "chata" esse acidente me fez amadureçer e dar muito mais valor aos treinos.
10)RCDON: Além de você tem outras mulheres que se destacam no grupo Cordão De Ouro?
P.P: Sinto-me lisongeada de tamanho elogio. Sou nova ainda no CDO e na capoeira, não poderia julgar-me por destaque. Quanto a outras mulheres que destacam-se no CDO temos várias. Cito a CM Vanessa e a CM Paulinha Zumba por terem um estilo mais forte, o qual fascina-me.
11)RCDON: Como sua família vê você na capoeira?
P.P: Já acidentei-me algumas vezes na capoeira. É normal que pais de capoeirista tenham certo receio.Porém eles me apoiam e orgulham-se de mim ao ver meu crescimento.Já viajei para alguns lugares graças a capoeira, conheçi pessoas, ministrei e participei de cursos,tenho vários contatos em diferentes partes do país e do mundo.Confesso que eles adoram a parte mídia que a capoeira faz... sobretudo meu pai... (rsr) sempre que tem alguma apresentação onde esta na TV, ou mesmo na gravação no CD do mestre SUASSUNA é onde os sinto mais realizados.
P.P: Conheçi a capoeira através de minha irmã, ela malhava em uma academia onde haviam aulas de capoeira com o professor Ninja do RAÇA na época, hoje integrante da CDO. Sempre tive vontade de treinar,porém não havia surgido a oportunidade. Começei em maio de 2002, com 12 anos, desde essa época nunca parei, sempre treinei com meu mestre Ninja e a cada dia encanto-me mais com a arte da capoeiragem.
2)RCDON: Qual sua relação com a capoeira? ( sua historia na capoeira).
P.P: Como já disse, a cada dia sou mais encantada pela capoeira. Hoje não poderia imaginar minha vida longe dos treinos.. das rodas... dos eventos. Tudo que faço a tenho em mente, inclusive minha graduação (fisioterapia).. escolhi seguir essa carreira para de alguma forma contribuir com a capoeira... utilizando-a como terapia. Para comprovar, escolhi como tema de minha monografia " A capoeria como terapia para o portador de Sindrome de Down atuando no desenvolvimento psicomotor". Acredito que a capoeira é muito rica, sendo assim vai muito além do "jogo da capoeira" existe uma grande complexidade a qual poderia tentar descrever com milhares de palavras e ainda assim seriam insuficientes. Logo... deixo a magia, o mistério no "ar" e cada capoeirista a descreve conforme sente.
3)RCDON: Qual a atividade que você desenvolve com a capoeira? (trabalhos com a capoeira).
P.P: Já ministrei aulas de capoeira na academia onde treino em Itabuna. Hoje devido á falta de tempo e o grande consumo da graduação desenvolvo apenas um trabalho com Sindrome de Down juntamente com meu mestre e alguns monitores. Trabalho este iniciado pelo CM Ninja, onde visa a melhora motora, melhora no relacionamento interpessoal e com os demais indivíduos que lhe circundam.
4)RCDON: Como você vê a importância da mulher na capoeira?
P.P: Além da beleza, vejo a mulher como simbolo de quebra de tabús. Nós mulheres temos conseguido nosso espaço em todos os campos, vencido preconceitos, lutando sempre por respeito.
Acredito que a mulher trás certa paz para uma roda, apesar de sermos problema no jogo de capoeira...rsrs.
Aos pais e familiares que vão assistir um evento sentem-se mais tranquilos e confiados por verem mulheres presentes. Talvez por veremem nós a figura da "mãe" e como toda boa mãe, a calma sempre estará mantida para conter os ânimos.
5)RCDON: O que está faltando para melhorar a capoeira feminina?
P.P: Infelizmente em alguns lugares as próprias mulheres ainda limitam-se.Acreditam que não serão capazes de fazer alguma atividade por serem frágeis e de fato o pessimismo afeta no desenvolvimento da atividade.
Em outros lugares a limitação vem dos homens. Alguns por superprotegerem, não deixando dessa forma que busquemos mais, pois não nos impõem desafios. Outros por não darem espaço para nós na roda, não nos respeitando como capoeirista. Também há aqueles "ignorantes" que aproveitam-se da vantagem física, intimidando-nos. Ora... é sabido por todos que homens são mais "fortes" que as mulheres e não nos cabe competir com músculos, mas sim com a arte da capoeiragem.
6)RCDON: Como está a capoeira feminina no nordeste do país?
P.P: A capoeira feminina no nordeste do país é forte, firme. A cada dia temos a mulherada mais numerosa e selecionada... as mulheres estão buscando seu espaço. Buscamos uma capoeira mais firme, a capoeira-luta.
7)RCDON: Para você o que é ser mestre de capoeira, como é sua relação com o mestre e o que ele representa?
P.P: Ser mestre acima de tudo é ser guia!!!
Não podemos esperar que nosso mestre nunca erre.. afinal eles também são humanos e nessa condição também são passíveis a erros. Acredito que eles devem orientar sempre, buscar o melhor para seus alunos e acima de tudo o melhor para a capoeira. como mestres.. devemos confiar em sua sabedoria, pois tem mais experiencia e podem discernir qual o melhor caminho a seguir. eles estão além da capoeira.. são amigos dentro e fora de uma roda. são pais irmãos.. e também precisam de um conselho um colo as vezes. devem ser regidos pela tríade: HUMILDADE RESPEITO E FIDELIDADE. Demais conceitos são boas consequências desses princípios. Devem ser bons falantes, assim como devem ser bons ouvintes... ouvir problemas... críticas construtivas ... alegrias... DEVEM SER MESTRES!!!
Tenho uma relação harmoniosa com meu mestre, devo minha capoeira e muito de minha personalidiade á ele. Sempre está disposto a ajudar e escutar dentro ou fora da capoeira. É preocupado, atencioso e um bom amigo.
Ele representa a figura de um pai, o qual aconselha, briga, sorri e chora com seus alunos.
8)RCDON: Quais são seu planos para o futuro?
P.P: Pretendo seguir dando aulas de capoeira. Gosto muito de trabalhar com pessoas especiais, crianças carentes... é um sonho montar uma academia para essa classe.
9)RCDON: Quais são os momentos marcantes que você lembra em sua trajetoria?
P.P: O mais recente(2009) foi a gravação de uma música no CD do mestre Suassuna. Outro grande momento foi o convite ao evento feminino em Natal(2009) da CM Vanessa CDO, minha grande amiga-mãe de capoeira. A ida ao evento do CM Badogue RAÇA no Chile me marcou muito também, pelo grande carinho além da boa capoeira que pude compartilhar.
Vários outros eventos me trouxeram grande felicidade. Porém acredito que o momento que mais me marcou na capoeira e também o mais triste, foi uma lesão que tive no tornozelo, a qual me impossibilitou de andar e afastou dos treinos por 6 meses. Sempre estava presente nas rodas e eventos, confesso que era frustrante assistir e não poder "jogar". Foi uma fase muito chocante para mim e minha família. Fora da parte "chata" esse acidente me fez amadureçer e dar muito mais valor aos treinos.
10)RCDON: Além de você tem outras mulheres que se destacam no grupo Cordão De Ouro?
P.P: Sinto-me lisongeada de tamanho elogio. Sou nova ainda no CDO e na capoeira, não poderia julgar-me por destaque. Quanto a outras mulheres que destacam-se no CDO temos várias. Cito a CM Vanessa e a CM Paulinha Zumba por terem um estilo mais forte, o qual fascina-me.
11)RCDON: Como sua família vê você na capoeira?
P.P: Já acidentei-me algumas vezes na capoeira. É normal que pais de capoeirista tenham certo receio.Porém eles me apoiam e orgulham-se de mim ao ver meu crescimento.Já viajei para alguns lugares graças a capoeira, conheçi pessoas, ministrei e participei de cursos,tenho vários contatos em diferentes partes do país e do mundo.Confesso que eles adoram a parte mídia que a capoeira faz... sobretudo meu pai... (rsr) sempre que tem alguma apresentação onde esta na TV, ou mesmo na gravação no CD do mestre SUASSUNA é onde os sinto mais realizados.
2 comentários:
sucessoooooooooooooo!
Sou seu Fã!!!!!
hahahaahahahahahahahaha
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