quarta-feira, 7 de maio de 2014

Profissionalização da Capoeira

Essa semana venho acompanhando o debate sobre a profissionalização da capoeira a famosa PLC 31/2009. Que tem em sua ementa: Dispõe sobre o reconhecimento da atividade de capoeira e dá outras providências. E exatamente hoje foi realizada uma audiência no Senado Federal para tratar do assunto, infelizmente moro distante de Brasília e não pude me fazer presente, mas diante do que pude ler, já tenho uma opinião sobre tornar a capoeira uma profissão de fato acredito que muitas coisas iriam melhorar os campos de trabalho iriam se abrir, nos mais diversos setores da nossa sociedade, mas o que me preocupa é saber quais critérios devem ser adotados para se tornar um profissional da capoeira? E o reconhecimento da comunidade deve ser levado em conta? E essa Confederação Brasileira de Capoeira? E no caso de Natal a Federação Natalense de Capoeira que há anos se encontra nas mãos de uma só pessoa, o que fazer? E como gerir esses recursos? Essas são algumas das interrogações que permeiam meus pensamentos, por outro lado venho sentindo dificuldade em trabalhar aqui em Natal justamente por essa falta de profissionalismo, gosto muito de citar o caso do Jiu Jitsu Potiguar pois acompanhei de perto quando essa arte marcial estava em situação de marginalidade, muitas brigas, atentados, falta de capacitação de seus professores dentre outras coisas, e diante disso os mestre do Jiu Jitsu virão que o melhor a fazer era se capacitar e resumo disso hoje é que Natal tem campeões mundiais, europeus, pan americanos, brasileiros praticamente em todos os campeonatos tem um representante Potiguar, resultado disso? Ganhos financeiros, patrocínios, amplas possibilidades de trabalhos, propaganda, aceitação da sociedade e o que isso gera? Alunos, turmas cheias. Percebo que a desunião nossa pelo ego inflados de alguns, e pelo egoismo de outros e principalmente pela mentalidade pequena que o capoeirista tem atrapalha bastante essa profissionalização, vejam bem ainda não conseguimos sequer unificar graduações, nomenclaturas, sobre um pretexto de dizer que a capoeira luta pra não ter "donos" pra dizer que a capoeira é livre, acho que existe um abismo enorme entre liberdade e bagunça, particularmente esse discurso pra mim é balela. Outro fato é que vivemos em um país de pessoas mal intencionadas (não estou generalizando) e um projeto de lei como esse num pode ficar restrito a uma minoria a capoeira está em todo o território nacional então todos os estados mais o DF devem se mobilizar e expor suas necessidades, vou dizer algo diante a uma experiência que tive esse ano o pessoal da Capoeira Angola em sua grande maioria tenho certeza que pensa diferente e ai? O tema é polêmico e ainda vai demorar pra gente ser profissional de capoeira, enquanto isso sugiro que continuemos trabalhando e refletindo. Agora eu fiquei na duvida se realmente tenho uma opinião sobre isso.
Para quem não acompanhou vale a pena ler esse resumo sobre o que foi a audiência  

2 comentários:

Unknown disse...

Eu acho que um trabalho de profissionalização da capoeira pode ser muito positivo, pois traria mais respeito a essa arte frente a sociedade em geral. E pensando em um bem maior, acho que os grupos podem entrar em um acordo e abrir mão de uma característica ou outra para tornar o trabalho mais sério.

Mestre Raivoso disse...

Lucas um dos problemas é esse abrir mão, alias abrir a cabeça para essa profissionalização...