Hoje escrevo sobre algo na qual fui questionado, ser capoeirista, um ex-amigo disse que era mais capoeirista do que eu, disse que eu não era capoeirista por não freqüentar os locais que em outros tempos freqüentava assiduamente, por não mais conversar assuntos que hoje considero sem propósito e mais do que isso não me enriquecera enquanto pessoa em nada.
Diante disso pensei como se mede que alguém é mais capoeirista que o outro? E quais os mecanismos para essa medição? As respostas que vieram à cabeça foram essas: talvez o tempo de dedicação (treinos e etc) a capoeira, a qualidade do trabalho desenvolvido, a fama, a trajetória de uma forma geral.
Busco mudanças sim! E não serão palavras mal empregadas que me farão recuar daquilo que busco na minha trajetória, se hoje eu não freqüento a roda A é porque não sinto que o que busco hoje pra mim esteja lá. A Capoeira é livre e como capoeirista eu também sou livre. Não sinto falta do que to deixando para trás ate porque meus horizontes me fazem crer que estou no caminho certo, buscando fazer novas amizades e deixando outras para trás e fortalecendo os laços das poucas amizades que de fato tenho hoje treino muito mais do que em outrora e em breve chegara o momento de começar a voar a procura das “rodas perfeitas”, conhecer outras mentalidades, outros grupos sem precisar julgar ou ser julgado como fui por esse ex-amigo.
Eis o que me credencia a ser um capoeirista nem mais e nem menos de que qualquer outro é buscar por aquilo que acredito na capoeira, é a trajetória que farei dentro e fora da capoeira, se hoje eu não estou freqüentando a determinados locais é porque busco novas experiências e não porque uns e outros acham que estou fora do grupo, brigado com algumas pessoas, apenas sinto vontade de andar com minhas próprias pernas deixar de ocupar espaço para abrir oportunidades para outras pessoas, isso nada mais é que renovar. Meu respeito pelo mestre sempre existira, pois foi ele que me ensinou o que eu sei hoje na capoeira, independente do que falem por ai eu tenho plena capacidade de assimilar tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá, não uma calça, ou uma lã amarrada na cintura ou um símbolo modificado que vai me desqualificar a estar e a viver no grupo em que pensava que a chama tinha se apagado grupo esse a qual eu aprendi a respeitar e hoje mais do que nunca sinto um amor pelo Cordão De Ouro a qual me orgulho de fazer parte.
O que da direito a uma pessoa a se julgar melhor capoeirista que outra? Que atitude é essa? Melhor em que? Não sabe do passado, não sabe que antes dele existiram outros e esse presente em que vive é tão vazio que é incapaz de visualizar um futuro promissor, se gaba da corda na cintura e não é capaz de transmitir valores simples da capoeira como fazer amizades, não é capaz de ensinar aos seus próprios alunos a jogar sorrindo, prefere ensinar a violência e plantar falsidade e vejam vocês no final sou eu que sou menos capoeirista por buscar novas possibilidades, novos olhares, novas atitudes, e nisso eu vou ate o fim, pois é o que acredito.
Ex-amigo por não saber entender o momento em que me encontro por não me apoiar
Ex-amigo por me criticar negativamente, talvez nunca tenha sido meu amigo de verdade o que é uma pena.
E quanto aos mecanismos de escala para saber como um capoeirista é mais capoeirista que o outro eu vou ficar esperando as opiniões de vocês.
2 comentários:
Muito bom seu texto, muito verdadeiro. Me identifiquei completamente, acho que estou num momento parecido com o seu.
Abraço!
Obrigado minha amiga, qualquer coisa pode contar comigo, axé e o bonde não para!!!
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