Outro dia fui questionado por um aluno meu sobre essa idéia de realizar uma roda toda ultima quinta feira do mês se daria certo. Eu respondi que tem tudo pra da certo, mas que só poderia dar essa resposta passado um ano após a primeira roda. Hoje eu pensei nesse fato e cheguei à conclusão que existem situações e situações, mas cada dia eu começo a ver que para uma roda se tornar tradição é preciso que exista qualidade e não quantidade lógico que se houver um equilíbrio entre ambos melhor ainda, quantos de nos já freqüentamos rodas e rodas com instrumentos de péssima qualidade, cantadores desafinados e uma platéia apática que não tem forças para bater palmas, as cantigas e toques sendo executados em momentos errados, confesso a vocês que isso era uma coisa que não me preocupava mas de uns tempos pra cá eu venho realizando uma pesquisa sobre os instrumentos da capoeira e seus toques e começo a perceber a ligação entre um bom instrumento um bom tocador e cantador com uma boa roda de capoeira, esses elementos a qual acabo de citar são essenciais para que uma roda de capoeira se torne tradicional. Outro ponto se trata dos participantes é difícil, mas não impossível fazer com que todos tragam consigo algo imprescindível a boa energia ou se preferirem o axé o mestre Suassuna em sua sabedoria já cantou: “TEM QUE TER AXÉ...” e nem sempre as pessoas vem com axé e essa falta de axé muitas vezes acarreta numa roda onde possivelmente ocorrera algum imprevisto.
Tudo isso pra dizer que uma boa roda de capoeira precisa de bons instrumentos, bons cantadores, e no mínimo três pessoas uma tocando e duas jogando, o mestrando Charm em seu ultimo cd traz uma cantiga fazendo referencia ao instrumento berimbau “SE TIVER BOM BERIMBAU, VAI TER BOA CAPOEIRA...”
Quanto a tentar tornar uma roda em tradição agente vai tentando, alimentando, educando e sonhando que é possível sim! Sem precisar estar tumultuando com um bando de pessoas que ficam agourando com esses eu vou só psicanalisando evitando assim qualquer desando, e quanto a mim continuo admirando aqueles que ao invés de ficar apenas no blá blá blá preferem continuar treinando formando assim suas própria opiniões. E assim eu ando, me regenerando, multiplicando, disseminando ate mesmo alfabetizando ou teleducando, os mais jovens, interrogando os mais velhos em busca de respostas repletas de sabedorias...
Pretendo daqui a um ano escrever outro artigo e ver se obtive êxito ou não com relação a consolidar uma roda de capoeira aqui em Natal-RN.
OBS. Peço desculpas pela brincadeira intencional das palavras terminadas em ando, acho que estou escutando muito rap e assim assimilando ou seria memorizando sei lá, talvez eu esteja apenas admirando quem consegue ficar brincando com as palavras, mas não cabe aqui eu ficar citando o que eu admiro ou não provavelmente terá alguém detestando, por essas e por outras eu vou finalizando mandando um beijo pra Juliana Cavalcante obrigado pelas palavras.
Vou encerrando evitando aquilo que inevitavelmente é inevitável o ponto final.